No vídeo “Modos de Produção | Ferretto+”, o Professor Pedro Renato apresenta os principais modos de produção ao longo da história e sua relevância para compreender os aspectos políticos, sociais e econômicos das sociedades. A análise cobre desde o comunismo primitivo das sociedades nômades até o surgimento do capitalismo, destacando a forma como a organização da produção molda os períodos históricos e as relações de classe.
Comunismo Primitivo: Organização Simples e Coletiva
O primeiro modo de produção abordado é o comunismo primitivo, presente durante a Idade da Pedra, entre 2,5 milhões a 10 mil anos antes de Cristo. Essas sociedades eram compostas por caçadores-coletores nômades, sem estruturas políticas ou administrativas centralizadas. A principal característica dessa organização era a ausência de propriedade privada e classes sociais, com a sobrevivência baseada na colaboração coletiva.
Modo de Produção Asiático: Centralização e Controle Estatal
A transição para o modo de produção asiático ocorre por volta de 2.500 a.C., em regiões como Mesopotâmia e Egito. Nesse sistema, o estado exercia controle absoluto sobre as terras agrícolas, com uma centralização política e administrativa justificada por religiões teocráticas. O trabalho coletivo, como na construção das pirâmides egípcias e na manutenção de diques mesopotâmicos, era fundamental, enquanto a propriedade privada era inexistente e tudo pertencia ao estado.
Modos de Produção da Antiguidade: Escravidão e Propriedade Privada
Do modo asiático, passamos ao modo de produção escravista, predominante na Grécia e Roma. Este período é marcado pela introdução da propriedade privada e pela escravização de pessoas, seja por guerra ou dívida. Diferente do sistema asiático, os escravos eram considerados propriedade e ocupavam a base da pirâmide social, fornecendo a mão de obra essencial para o funcionamento da economia.
Feudalismo: Vassalagem e Economia Agrária
Na Idade Média europeia, o sistema feudal se destacou como principal modo de produção, baseado na posse de terras rurais. A sociedade feudal era organizada em uma hierarquia de senhores e vassalos, onde os vassalos utilizavam as terras em troca de serviços, proteção e tributos. A economia era agrária e o comércio tinha papel secundário. Embora os camponeses fossem vinculados à terra e a ela obrigados a trabalhar, eles não eram tratados como propriedade, diferentemente dos escravos. Normas derivadas principalmente da Igreja regulavam o sistema, em um cenário sem governos centralizados ou exércitos unificados.
Capitalismo: Classes Antagônicas e a Ascensão da Burguesia
O surgimento do capitalismo marca uma ruptura com os modos anteriores. Durante a Idade Média, o crescimento do comércio e das corporações urbanas começou a formar a burguesia, classe que controlava os meios de produção. A partir do século XVIII, com o advento do capitalismo industrial, duas classes sociais antagonistas se consolidaram: a burguesia, detentora dos meios de produção, e o proletariado, que vendia sua força de trabalho. Nesse sistema, a maioria da riqueza gerada pelos trabalhadores permanecia com a burguesia.
Conclusão: A Centralidade dos Modos de Produção na História
Ao longo da história, a classe que detém os meios de produção define a organização social, política e econômica das sociedades. Por isso, o estudo dos modos de produção é essencial para entender as características únicas de cada período histórico. O vídeo conduz o espectador por essa jornada, ilustrando como as transformações econômicas impactaram diretamente as dinâmicas sociais e culturais de diferentes eras.