O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve nesta terça-feira (15) nas obras da Rodovia Presidente Dutra, na Serra das Araras, em Paracambi, no estado do Rio de Janeiro. As intervenções, geridas pela CCR, concessionária responsável, foram iniciadas em abril de 2024 e atualmente estão 25% concluídas.
Investimento significativo
A reforma do trecho da Via Dutra envolve um investimento federal de R$ 1,5 bilhão, capitalizados através do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da emissão de debêntures incentivadas. Lula enfatizou a relevância das obras viárias para o desenvolvimento econômico do país, destacando a necessidade de infraestrutura adequada para o escoamento da produção.
Importância das obras para a competitividade
“Não haverá possibilidade desse país ser competitivo do ponto de vista internacional”, afirmou o presidente durante a visita. Ele ressaltou que o valor investido deve ser entendido pela qualidade e impacto que a obra traz à sociedade, especialmente para caminhoneiros e o transporte de cargas.
Especificações das novas pistas
As novas pistas na Serra das Araras ocuparão uma extensão de 16 quilômetros, com quatro faixas por sentido, além de acostamento, faixa de segurança e duas rampas de escape. Essas melhorias visam aumentar conforto, segurança e fluidez no tráfego.
Reflexos econômicos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou do evento e destacou que a obra na Via Dutra representa uma engenharia financeira que irá gerar emprego e aumentar a produtividade. Segundo ele, isso contribuirá significativamente para a economia, tornando as exportações e os produtos no mercado interno mais acessíveis.
Melhorias na conectividade rodoviária
A Via Dutra é uma das principais rodovias do Brasil, ligando as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, e é utilizada por cerca de 390 mil veículos mensais, com 36% sendo caminhões de carga. As obras em andamento incluem novas contenções, viadutos, drenagens e construção de canteiros industriais.
Estima-se que, com a expansão das vias, a velocidade média aumente para 80 km/h, resultando em uma redução de 25% no tempo de percurso na subida e 50% na descida. O trecho sentido São Paulo deve ser finalizado em 2028, enquanto o sentido Rio está previsto para 2029.
Investimentos expressivos em infraestrutura
Além da Via Dutra, o grupo CCR também administra a Rodovia Rio-Santos. No ano passado, o BNDES aprovou um crédito de R$ 10,75 bilhões para intervenções nas duas rodovias, o que inclui a maior emissão de debêntures incentivadas da história do banco, totalizando R$ 9,41 bilhões.
Esse sistema de debêntures permite que empresas privadas captem recursos para financiar projetos de infraestrutura, oferecendo aos investidores isenções ou reduções no Imposto de Renda sobre os lucros. Ao todo, serão R$ 15,5 bilhões em investimentos para a CCR, contribuindo para o desenvolvimento da rede de infraestrutura do Brasil.
