O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Sidônio Palmeira como novo secretário de comunicação social da presidência da República, em substituição a Paulo Pimenta. A cerimônia de posse ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença de vários ministros do governo.
Em seu primeiro discurso, Sidônio abordou a questão da desinformação e seu impacto na percepção das ações governamentais. Ele destacou que a disseminação de mentiras, especialmente por setores extremistas, tende a obscurecer as conquistas do governo. “A informação dos serviços não chega na ponta. A população não consegue ver o governo nas suas virtudes. A mentira nos ambientes digitais fomentada pela extrema direita cria uma cortina de fumaça na vida real”, afirmou.
Um ponto central da fala de Sidônio foi a manipulação do conceito de liberdade de expressão. Ele enfatizou que a verdadeira liberdade de expressão está sendo distorcida por discursos de ódio, prejudicando a compreensão desse importante princípio. “Defendemos a liberdade de expressão. Lamentamos que o extremismo esteja distorcendo esse conceito para viabilizar a liberdade de manipulação”, ressaltou.
Sidônio também manifestou sua preocupação com a desinformação como um dos principais desafios à democracia, sugerindo que sua gestão irá focar em processos regulatórios que garantam o acesso à informação verdadeira pela população. Ele criticou as recentes mudanças na política de moderação de conteúdo promovidas pela Meta, que podem facilitar a disseminação de discursos de ódio e reduzir a checagem de fatos.
Assumindo a Secom em um momento crucial do mandato do presidente Lula, Sidônio Palmeira terá como principal desafio aprimorar a comunicação política do governo. “A comunicação está no centro dos grandes desafios mundiais e nosso trabalho é compreendê-lo em sua complexidade e convocar todos, uma vez que esse desafio não é só da Secom”, declarou.
Em sua despedida, Paulo Pimenta, o ex-secretário, agradeceu ao presidente e destacou suas contribuições ao longo do mandato, incluindo a recuperação da estrutura da Secom e a construção de um relacionamento sólido entre o governo, agências de comunicação e a imprensa. Ele expressou confiança no trabalho de Sidônio e suas expectativas de melhoria na qualidade da comunicação governamental.