O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conduziu uma reunião ministerial com todos os 38 ministros do governo, que durou cerca de 7 horas. O encontro, realizado na Granja do Torto, em Brasília, teve como foco o balanço de 2024 e o planejamento para 2025.
Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, destacou a importância da centralidade nas decisões e anúncios do governo. Ele enfatizou que todas as portarias e normas dos ministérios devem ser revisadas pela Presidência por meio da Casa Civil. Essa abordagem visa garantir que as informações significativas cheguem ao público antes da disseminação de possíveis desinformações.
O ministro afirmou que, independentemente do tipo de instrumento — seja uma instrução normativa, portaria ou decreto —, é fundamental que haja uma comunicação clara. Em um mundo onde a velocidade da informação é alta, as explicações sobre mudanças nas políticas públicas devem anteceder as medidas adotadas.
Embora não esteja prevista uma mudança formal no fluxo de publicação de normas, Rui Costa garantiu que haverá um novo fluxo nas decisões políticas entre as diversas pastas do governo. Ele reafirmou a necessidade de combater a desinformação, dizendo: “Definitivamente não podemos permitir que a mentira prevaleça sobre a verdade”.
Recentemente, em resposta a fake news relacionadas à fiscalização do sistema Pix, o governo revogou uma norma da Receita Federal e optou por editar uma medida provisória que proíbe a cobrança diferenciada por transações via Pix ou em dinheiro.
Sobre uma possível reforma ministerial, Rui Costa informou que a decisão cabe ao presidente e que não há previsões para mudanças nesse sentido. Ele reiterou que a reunião teve o objetivo de discutir metas a serem alcançadas em 2025, enfatizando que cada ministro terá suas respectivas metas de entrega.
No que diz respeito ao compromisso fiscal, Rui Costa reconheceu a importância de manter a disciplina nas despesas públicas. Ele reforçou que a responsabilidade fiscal se estende a todo o governo e que ações concretas foram implementadas, como o bloqueio de R$ 20 bilhões em investimentos no último ano.
Por fim, ao comentar sobre a flutuação do dólar, que atualmente está em torno de R$ 6,04, Rui Costa expressou otimismo em relação à estabilização. Ele acredita que, com o tempo, o dólar irá se ajustar a um patamar que reflita a realidade da economia brasileira, com o impacto das ações do novo presidente dos Estados Unidos e indicadores econômicos robustos no Brasil.