O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso na abertura da Cúpula da Amazônia, ressaltando a urgência de reforçar e ampliar a cooperação entre os países que compartilham o território amazônico. Durante o evento em Belém, Lula enfatizou que nunca foi tão crucial retomar e expandir a colaboração entre essas nações.
Lula expressou satisfação em se reunir com os líderes dos países sul-americanos para discutir a Amazônia, um patrimônio compartilhado. Ele observou que, desde a assinatura do tratado de cooperação da Amazônia, os chefes de estado se encontraram apenas três vezes, todas em Manaus. A cúpula atual marca o reencontro após 14 anos, em meio ao agravamento das mudanças climáticas.
O presidente enfatizou que a história da Amazônia será dividida entre o “antes e depois” desta cúpula. O encontro reúne representantes dos oito países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que incluem Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
A iniciativa da cúpula foi promovida pelo governo brasileiro e busca fortalecer a OTCA, o único mecanismo internacional sediado no Brasil voltado para o desenvolvimento sustentável da região. Lula destacou três tópicos-chave da agenda da cúpula:
- Promover um novo desenvolvimento sustentável que una a proteção ambiental e a geração de empregos dignos.
- Reforçar a OTCA.
- Consolidar a importância dos países com florestas tropicais na agenda global.
Lula ressaltou a necessidade de superar desconfianças e restaurar canais de cooperação entre os países, indicando que essa mudança envolve não apenas a compreensão da Amazônia, mas também sua realidade.
Cúpula da Amazônia
A Cúpula da Amazônia conta com a presença de cinco chefes de Estado. O presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, não pôde comparecer pessoalmente devido a uma infecção nos ouvidos, sendo representado pela vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez.
Além disso, a República do Congo, a República Democrática do Congo e a Indonésia, que também possuem vastas reservas de florestas tropicais, estão representadas no evento. O encontro será encerrado com a assinatura da Declaração de Belém, que trará compromissos a serem adotados pelos países membros.
Lula reafirmou a crença de que as nações amazônicas podem se comprometer a eliminar o desmatamento até 2030, destacando a importância da participação de governos locais para atingir essa meta.