Sem obter êxito pelos meios legais, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, tem buscado uma saída política para as recentes decisões judiciais que bloquearam os recursos financeiros da legenda e as redes sociais de congressistas.
Em conversas reservadas, o dirigente do partido tem avaliado que a ofensiva jurídica não tem sido suficiente e que é necessário sensibilizar integrantes do Legislativo e do Judiciário que possam atuar como moderadores junto ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes.
O cacique da legenda do presidente Jair Bolsonaro teve conversas recentes com ministros da Suprema Corte e visitou na segunda-feira (5) o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O esforço é para que ele também busque o procurador-geral da República, Augusto Aras.
Pelos cálculos do partido, atualmente, 11 integrantes da bancada federal da sigla tiveram algum tipo de restrição em suas redes sociais.
O partido foi multado em R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé e teve contas bancárias bloqueadas.
Nesta terça-feira (6), por decisão de Alexandre de Moraes, os deputados federais Junio Amaral (PL-MG) e Bia Kicis (PL-DF) tiveram perfis no Twitter, Facebook e Instagram suspensos por suspeita de veiculação de informações inverídicas.
A avaliação de dirigentes do partido é de que, neste momento, não haveria clima para um encontro de Valdemar com Alexandre, mas que é possível construir as condições de uma reunião por meio de interlocutores políticos.
Nos últimos dias, integrantes da bancada da legenda na Câmara dos Deputados têm defendido que Arthur Lira se posicione de maneira institucional contras as recentes medidas.