14 de maio de 2025
quarta-feira, 14 de maio de 2025

Exposição celebra centenário de músico de Domingos Martins

Guilherme José Brickwedde, carinhosamente conhecido como “Seu Willy”, estaria completando 100 anos em 2025. Ele foi um importante músico e figura cultural em Domingos Martins, cuja música ainda ressoa nas festividades e cerimônias da cidade.

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Exposição em homenagem a um ícone da música

A exposição, inaugurada em março de 2025 no antigo Hotel Imperador, tem como objetivo cumprir o papel de manter viva a história de Willy. O evento conta com uma rica coleção de registros históricos, partituras, instrumentos e documentos que celebram a trajetória de um dos maiores nomes da cultura local. O acesso à exposição é gratuito e ficará em cartaz até a próxima terça-feira, dia 15.

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O legado de Seu Willy

A contribuição de Guilherme para a cultura de Domingos Martins vai muito além de sua música. Amigos e colegas ressaltam que seu trabalho ajudou a construir uma tradição que passou de geração em geração. Seu Willy, nascido em 2 de março de 1925, foi uma figura central no desenvolvimento cultural da região, especialmente no âmbito musical. Autodidata, ele aprendeu a tocar diversos instrumentos e, em 1957, fundou a Banda Cultural Martinense, que se diversificou como um símbolo da comunidade.

Dentre suas criações notáveis, estão o Hino do Município de Domingos Martins e o Hino do Centenário da Igreja Luterana. Além de músico, Willy também se destacou como poeta e contista, e foi o idealizador do tradicional Carnaval de Rua de Campinho.

Sustentando a tradição musical

Sob a liderança de Willy, a Banda Cultural Martinense chegou a reunir cerca de 200 músicos, todos comprometidos com o espírito de união e voluntariado. Seu lema, “não deixem a banda morrer”, continua a ser seguido pelos atuais regentes, Jarbas Rocha e Pablo Monteiro de Assunção, e pelos 19 membros ativos do grupo.

O integrante do Grupo Cultural Martinense, Ronaldo Salles de Sá, enfatiza a duradoura influência de Willy em suas vidas e no trabalho do grupo. “Mantemos as músicas que ele compôs e continuamos a aplicar o espírito de adaptação que ele nos ensinou”, afirma. Além disso, destaca que Willy sempre defendeu a ideia de que o mais importante é o que se ouve, não apenas o que está escrito.

Renovação e parcerias

Atualmente, a Banda Cultural Martinense busca ampliar suas atividades através de colaborações, como a recente parceria com o Sicoob, permitindo a interação com grupos de dança, algo que era um desejo de Willy. Ronaldo compartilha suas memórias pessoais com o maestro, lembrando-se de seu caráter rigoroso, mas justo e carismático. “Ele se preocupava em manter a música viva e, hoje, seguimos renovando o grupo para atrair novos músicos e preservar essa memória”, conclui.

Além de seu impacto na música, Willy valoriza a cultura local, resgatando canções de raízes alemãs e italianas, além de composições sacras que são executadas nas celebrações da Igreja Luterana. Desde a primeira apresentação do grupo na Festa da Colheita, em 1957, essa tradição é mantida, e o grupo participa anualmente da Festa de Corpus Christi em Paraju.

O centenário de Guilherme José Brickwedde representa uma celebração de um legado que perdura. Seu amor pela música e pela cultura permanece vivo nas notas tocadas pela Banda Cultural Martinense e nas memórias de todos que tiveram a sorte de conhecê-lo.


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