O total de mortes causadas pelo terremoto que atingiu a Turquia e a Síria subiu a 17.500 nesta quinta-feira (9), cerca de 72 horas depois dos tremores iniciais.
A expectativa é de que o número só cresça à medida que passam os dias, em razão da demora das respostas governamentais ao desastre —as primeiras horas são consideradas cruciais em catátrofes do tipo.
Em ambos os países, muitos passaram sua terceira noite ao relento ou dormindo em carros, temendo voltar às suas casas por risco de novos desabamentos.
Centenas de milhares de pessoas estão desabrigadas, e o fato de que o tremor se deu de madrugada contribui para piorar a situação — vários dos sobreviventes fugiram de suas casas sem roupas adequadas para ou frio, alguns sem nem sequer calçarem seus sapatos.
Em visita a Gaziantepe, uma das áreas mais atingidas, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o número de mortos no país chegou a 14.351. Ainda há 63 mil feridos. As cifras indicam que este pode estar a caminho de ser o maior terremoto na história da nação —o recorde anterior pertencia a um sismo de magnitude 7,4 que deixou mais de 17 mil mortos ao sacudir Izmit, no noroeste.
Erdogan também atualizou a contagem de prédios destruídos, para 6.400. Ele afirmou que o governo planeja inaugurar novos edifícios de três e quatro andares na região no prazo de um ano.
Na Síria, já devastada por quase 12 anos de guerra civil, o total de óbitos subiu a 3.162 nesta quinta, de acordo com os balanços das autoridades de Damasco e das equipes de resgate nas zonas rebeldes.
Organizações humanitárias esperam conseguir enviar ajuda ao norte do país, dominado por jihadistas e rebeldes dissidentes do regime de Bashar al-Assad, a partir da fronteira com a Turquia nesta quinta.