domingo, 6 de abril de 2025

Quando o estresse se torna burnout? Entenda a diferença

Você conhece alguém que apresenta sinais de fadiga constante, reclama de problemas de memória, atenção ou raciocínio, sente dores em diferentes partes do corpo diariamente ou não se sente descansado após uma noite de sono?

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Esses podem ser indícios de que o estresse dessa pessoa ultrapassou os limites saudáveis e se transformou em um problema sério.

Os principais sinais incluem:

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– Acordar cansado;
– Falta de energia para atividades que antes eram prazerosas;
– Desmotivação no trabalho;
– Dificuldade de concentração e queixas relacionadas à memória e à atenção;
– Impaciência, irritabilidade e desânimo;
– Queixas difusas sem uma síndrome ou doença específica.

É normal sentir estresse em situações que exigem esforço ou adaptação. Em certos casos, o estresse pode até funcionar como um motor, ajudando a sair da zona de conforto. Entretanto, quando a pessoa não consegue retornar a um estado de equilíbrio físico e mental, o estresse pode causar danos significativos ao corpo e à mente.

O que é burnout?

O estresse que desestabiliza o indivíduo muitas vezes está relacionado ao ambiente de trabalho, sendo esta a principal fonte de tensão. Quando essa condição se manifesta, é conhecida como síndrome de burnout. O burnout é caracterizado pelo sofrimento mental resultante de estressores no trabalho, como:

– Sobrecarga de atividades;
– Conflitos com colegas ou superiores;
– Ritmo acelerado de trabalho;
– Jornadas extensas;
– Dificuldade em equilibrar a vida profissional e pessoal.

Características do burnout

O burnout é reconhecido por três dimensões principais que incluem:

Exaustão emocional

Um dos primeiros sinais é a fadiga persistente. Indivíduos que costumavam ser produtivos podem começar a ter dificuldade em cumprir tarefas, tomar decisões e manter o foco. Isso acontece devido ao impacto do estresse crônico nas funções cognitivas, especialmente na atenção e memória. Alterações emocionais, como irritabilidade, mudanças de humor frequentes e desânimo, também afetam a interação social e a capacidade de lidar com situações no trabalho.

Despersonalização ou cinismo

Outro sinal comum é a desconexão emocional. Pessoas com burnout tendem a se distanciar emocionalmente do trabalho e das relações ao redor. A perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas reflete a incapacidade de se conectar e viver plenamente o presente.

Diminuição da realização ou eficácia profissional

Indivíduos no início do burnout muitas vezes negam os sinais, minimizando a exaustão e atribuindo-a a fatores temporários. Isso dificulta a busca por ajuda e perpetua um ciclo vicioso de sobrecarga. A sensação de que o trabalho consome desproporcionalmente tempo e energia, prejudicando a vida pessoal, é um alerta importante.

Como combater o estresse e o burnout?

É essencial reconhecer sinais precoces para evitar que o problema se intensifique. Entre as estratégias recomendadas estão:

1. A arte de parar
Identifique os fatores que causam adversidade. O autoconhecimento é fundamental para entender a origem dos estressores e criar estratégias eficazes. Questione-se sobre as áreas da sua vida que precisam de atenção e se os estressores provêm do trabalho, da família, da vida financeira, etc. O autoconhecimento e o autocuidado são pilares da inteligência emocional, ajudando a preservar a saúde mental.

2. Estabeleça limites saudáveis
Assumir mais responsabilidades do que se pode gerenciar é comum. Aprender a dizer “não” e estabelecer limites é crucial para proteger seu bem-estar. Defina horários regulares para trabalho, descanso, lazer e tempo pessoal, sem se sentir culpado por priorizar suas necessidades.

3. Busque apoio social
Compartilhar sentimentos e preocupações com pessoas de confiança alivia o estresse e a ansiedade. Conversar pode trazer alívio e, se necessário, buscar a ajuda de um profissional de saúde mental é uma ótima opção.

4. Negocie consigo mesmo
Reserve tempo para si, aceite o que não pode ser mudado, observe seu ritmo e diminua a velocidade se necessário. Encare as dificuldades como desafios e pratique a contemplação, permitindo-se momentos de pausa e ócio criativo para gerar novas ideias.

Estar atento aos sinais e implementar estratégias de autocuidado é fundamental para prevenir e gerenciar o estresse e o burnout. Lembre-se: cuidar de si mesmo não é egoísmo, é uma necessidade!


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