O primeiro turno da Superliga de Vôlei chega ao fim e já temos dois dos quatro rebaixados definidos: Brusque na categoria feminina e Neurologia na masculina. Ambas as equipes não conseguiram vencer nenhum jogo e, nos próximos três meses, irão apenas cumprir tabela, viajando pelo Brasil.
A situação ressalta a necessidade urgente de a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) revisar as regras de acesso à primeira divisão. Isso se deve ao fato de que, embora Brusque e Neurologia tenham conquistado a promoção por méritos técnicos, não atenderam aos critérios financeiros exigidos.
O cenário financeiro das equipes é preocupante. O clube goiano, por exemplo, se tornou uma piada no meio, enquanto Brusque, embora cumpra suas obrigações financeiras, não possui um time competitivo. Especialistas como Giovane Gávio destacam a importância de a CBV exigir garantias financeiras das equipes que desejam subir, assegurando que estejam preparadas para os desafios da primeira divisão.
Além disso, o fair play financeiro carece de credibilidade no Brasil. Olhando para a parte inferior da tabela, o Goiás, que actualmente está na zona de rebaixamento, tem apresentado performances interessantes, o que valoriza a competição. O Mackenzie, que subiu na última temporada, trouxe nomes de destaque como Fabíola, mas ainda não pode relaxar, pois está apenas 5 pontos acima do Z2 enquanto um turno inteiro ainda está por vir.
Na Superliga B, projetos sólidos e respeitáveis, como Montes Claros, Brasília, Juiz de Fora e Monte Carmelo, se destacam, mas apenas duas equipes conseguirão a promoção. No feminino, um destaque é o Renasce, de Sorocaba, que, com sua seriedade e comprometimento, poderia apresentar um desempenho superior ao de Brusque.