Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, o recém-eleito presidente do Flamengo, expressou sua preocupação com a situação financeira do futebol brasileiro em uma recente entrevista ao canal BandSports. Segundo ele, o futebol nacional arrecada em torno de R$ 12 bilhões por ano, o que, em sua visão, é uma quantia insuficiente considerando a paixão que o esporte mobiliza no país.
Bap destacou que, ao avaliar todo o contexto do futebol brasileiro, o valor arrecadado equivale a cerca de 2 bilhões de euros anuais, um número que ele classificou como “ridículo”. Ele também enfatizou que a situação poderia ser ainda mais crítica se não fosse a contribuição das casas de apostas, que, segundo ele, injetam aproximadamente 500 milhões de euros anualmente no futebol nacional.
O novo presidente do Flamengo argumentou que a desunião entre os clubes impede uma arrecadação mais robusta e sugeriu que a solidariedade entre as equipes poderia melhorar a situação financeira do futebol brasileiro. “Os clubes têm que trabalhar para o bolo crescer”, afirmou Bap, sugerindo que apenas a união pode levar a um aumento significativo nas receitas.
Bap se posicionou claramente a favor de um modelo de liga que priorize a colaboração entre os clubes, ressaltando que a atual dinâmica, caracterizada pela competição feroz e muitas vezes prejudicial entre as equipes, resulta em uma “briga fratricida”. Ele defendeu que a construção de uma liga unida, onde os clubes compreendam as dificuldades uns dos outros, é vital para o progresso do futebol no Brasil.
No que se refere à estrutura das ligas, Bap mencionou que o Flamengo faz parte da Libra, que inclui mais oito clubes, enquanto outros clubes estão organizados na Liga Forte União. Ele acredita que, com a mudança de mentalidade e uma abordagem mais colaborativa, o futebol brasileiro poderá alcançar novos patamares financeiros e esportivos, beneficiando a todos os clubes envolvidos.