Na final do terceiro dia de competições de atletismo nos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil alcançou um marco significativo: conquistou a sua 400ª medalha na história da competição. O paulista André Rocha, de 47 anos, garantiu o bronze no lançamento de disco da classe F52, destinado a atletas que competem sentados devido à tetraplegia.
A medalha de bronze de Rocha não só marcou seu primeiro pódio paralímpico como também completou o histórico do Brasil, que agora acumula 117 ouros, 136 pratas e 147 bronzes desde sua estreia nos Jogos de 1972, em Heidelberg, na então Alemanha Ocidental.
O caminho para a medalha de número 400 foi repleto de emoção. Cada atleta tem seis tentativas no lançamento de disco, e André, que antes do evento detinha o recorde mundial com 23,80 metros, fez sua melhor marca de 19,48 metros. Ele ficou inicialmente na segunda posição, mas viu o italiano Rigivan Ganeshamoorthy superar o recorde de André quatro vezes, estabelecendo um novo recorde com 27,06 metros. O letão Aigars Apinis também superou Rocha, com uma marca de 20,62 metros. André então aguardou os lançamentos finais dos outros adversários para garantir o bronze.
Neste domingo, a medalha de André foi a única conquista do atletismo brasileiro. Outros finais não foram tão desenvolvidos: Matheus Lima terminou no oitavo nos 100 metros T44, Ariosvaldo Silva também no oitavo nos 400 metros T53, e Samira Brito e Verônica Hipólito terminaram no sexto e sétimo, respectivamente, nos 200 metros T36.
Com o encerramento do quarto dia de competições, o Brasil, que não conquistou ouros neste domingo, foi ultrapassado pelos Estados Unidos no quadro de medalhas, caindo para o quarto lugar com oito ouros, quatro pratas e 15 bronzes, totalizando 27 pódios.