O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, está a poucos dias de tomar uma decisão de grande impacto sobre o destino da seleção brasileira feminina de futebol. A permanência da treinadora Pia Sundhage encontra-se ameaçada, apesar de possuir um contrato válido até o término dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
Há uma forte probabilidade de que os próximos desafios da seleção, incluindo dois amistosos marcados para setembro, durante a próxima Data Fifa, sejam conduzidos por um novo corpo técnico.
Os resultados recentes da seleção brasileira, que resultaram em sua eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo realizada na Austrália e na Nova Zelândia, soaram como um alerta de proporções significativas. Este desempenho representa o pior registro desde o Mundial de 1995.
O fato de o Brasil ter sido sorteado em um grupo considerado como “acessível”, enfrentando equipes como França, Panamá e Jamaica, gerou críticas não somente em relação a Pia Sundhage, mas também à estrutura global da seleção. Dentro desse contexto, o papel desempenhado por Ana Lorena Marche, coordenadora das seleções femininas, também está sob análise.
Logo após a eliminação, o presidente da CBF afirmou, como reportado pelo ge, que não tomaria decisões precipitadas “no calor do momento”.
Uma semana após o empate com a Jamaica, que levou à saída do Brasil do torneio, a CBF acredita que até a próxima semana as decisões estarão suficientemente amadurecidas para serem tomadas.
Barreira linguística
A perspectiva de realocar Pia para uma posição diferente dentro da CBF foi descartada, principalmente devido à barreira linguística. Embora o fato de a treinadora sueca nunca ter enfrentado problemas em liderar a equipe por não falar português, essa limitação é considerada um obstáculo em funções administrativas.
Até o momento, a CBF não divulgou informações sobre potenciais substitutos para Pia em caso de demissão. Após o confronto contra a Jamaica, a treinadora limitou-se a dizer: “Meu contrato se encerra em 30 de agosto do próximo ano”.
Após o encerramento da participação da seleção na Copa do Mundo, Pia Sundhage retornou à Suécia. Antes de sua partida, ela se reuniu com as jogadoras em Melbourne para se despedir.
Em um comunicado divulgado na semana passada, a CBF enfatizou sua intenção de “fortalecer o investimento” no futebol feminino. No entanto, nenhuma menção específica foi feita em relação à comissão técnica. Com informações do ge.