A situação na Ponte do Irajá, que liga os bairros Marista e Vila Nova em Colatina, se torna cada vez mais preocupante. Mesmo com as rígidas restrições impostas pela Prefeitura e a instalação de barreiras físicas, motoristas continuam a atravessar a ponte com carretas carregadas de pedras, muitas vezes excedendo o peso permitido.
A reincidência da prática levanta questões sobre a eficácia das autoridades locais. Apesar das sinalizações e bloqueios visíveis, muitos motoristas ignoram as regras, removendo obstáculos para seguir viagem. Essa transgressão, amplamente compartilhada em vídeos nas redes sociais, reflete a indignação da população e suscita a indagação: o que realmente está acontecendo com a autoridade pública em Colatina?
Crise de autoridade
Esse quadro não se resume a um mero descaso; o que se observa é uma crise de autoridade institucional. A desobediência sistemática das proibições, não apenas por motoristas que buscam economizar tempo, mas também pela falta de ações efetivas da Secretaria de Trânsito, contribui para a erosão do respeito às normas.
Embora a Prefeitura tenha aumentado a fiscalização e advertido sobre as penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro, a realidade é que a lei acaba sendo ignorada. Isso indica que os mecanismos de controle são ineficazes ou insuficientemente aplicados.
Responsabilidade compartilhada
A responsabilidade por essa situação é multifacetada. É preciso considerar os motoristas que deliberadamente desrespeitam as regras, a Prefeitura que, mesmo ciente das infrações, não consegue impedir a prática, e as autoridades de trânsito que falham em implementar medidas de fiscalização eficazes.
O cenário é urgente, não apenas por representar um risco à segurança da ponte, mas também por evidenciar uma ruptura no pacto social que fundamenta a convivência. Quando a autoridade é falha, o caos ganha espaço — e é isso que Colatina deve evitar.
Medidas urgentes
A cidade demanda respostas e, mais do que isso, ações decisivas. Pois onde há proibição sem obediência, o que prevalece é o enfraquecimento da ordem pública.