domingo, 11 de maio de 2025

População indígena do Espírito Santo é tema de estudo especial

Neste sábado (19), observamos o Dia dos Povos Indígenas, uma data que enfatiza a relevância histórica, cultural e social dessas comunidades na formação do Brasil. Em alusão à celebração, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) divulgou um estudo especial sobre a população indígena no Espírito Santo, abordando aspectos cruciais como gênero, distribuição geográfica, escolaridade e participação política.

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População indígena no Espírito Santo

O levantamento oferece dados a respeito dos diferentes povos indígenas em território capixaba, que incluem os Tupiniquins, Guaranis, Botocudos, Aimorés (também chamados de Krenaks) e Pataxós. O estudo distingue as localidades indígenas, que são agrupamentos em regiões específicas, das Terras Indígenas, que são áreas oficialmente demarcadas. No Espírito Santo, 13 das 16 localidades indígenas identificadas estão em áreas reconhecidas, o que representa 81,2% do total.

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Dados populacionais

A população indígena constitui 0,8% do total nacional, com 1.694.836 indivíduos. Na região Sudeste, esse índice é de apenas 0,1%, totalizando 123.434 pessoas. No Espírito Santo, a comunidade indígena corresponde a 0,4% da população total, somando 14.410 pessoas. Aracruz, um dos municípios capixabas, abriga 7.425 indígenas, o que representa 51,5% dessa população. Serra e Vila Velha seguem com 9,2% e 6%, respectivamente.

Papel da mulher e demografia

O estudo revela que as mulheres indígenas são maioria no Espírito Santo, representando 51,1% da população, enquanto os homens perfazem 48,9%. Essas mulheres desempenham um papel vital na preservação da cultura, sendo responsáveis por atividades como agricultura e transmissão de saberes ancestrais.

Os jovens de 15 a 29 anos formam o maior grupo etário dentro da população indígena, com 22,3%. As crianças (0 a 14 anos) representam 20,1%, e os idosos, com 60 anos ou mais, constituem 16,2%.

Educação e alfabetização

Outro dado de destaque é a taxa de alfabetização entre indígenas com 15 anos ou mais, que se encontra em 91%. Isso está próximo da taxa qualquer entre não indígenas, que é de 94,4%. O diretor-geral do IJSN, Pablo Lira, aponta que tal proporção indica um avanço significativo no acesso ao ensino regular, destacando que o Espírito Santo apresenta uma taxa de frequência escolar de 26,1%, superando a média de 23,9% do Sudeste.

Desafios enfrentados

A publicação também aborda a demarcação e proteção das Terras Indígenas. Atualmente, apenas 32,4% da população indígena brasileira reside em territórios reconhecidos. Na realidade, a maioria dos indígenas vive em áreas urbanas, com 54% no Brasil, 77,2% no Sudeste e 60,5% no Espírito Santo.

Mesmo com o crescimento urbano, desigualdades na infraestrutura básica persistem. O abastecimento de água alcança 90,8% dos não indígenas, enquanto entre indígenas esse número cai para 79,9%. No que se refere ao esgotamento sanitário, 43% da população indígena não possui um sistema adequado, em contraste com apenas 17% dos não indígenas.

Participação política

O estudo também examina a participação política indígena. Nas eleições de 2022 e 2024, o Brasil elegeu 261 pessoas que se autodeclararam indígenas, três delas provenientes do Espírito Santo. Esses dados ressaltam a importância de valorizar e fortalecer a presença indígena em diversas esferas, promovendo maior visibilidade e garantias de direitos para esses povos.

Para acessar o estudo completo, visite o site do Instituto Jones dos Santos Neves.


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