O recente aumento de casos de febre oropouche no Brasil motivou o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos a emitir, nesta segunda-feira (16), um alerta aos viajantes, com destaque especial para o estado do Espírito Santo. Este estado é o segundo com maior incidência da doença fora da região Amazônica, registrando mais de 3.100 casos e sua primeira morte confirmada. O comunicado veio acompanhado de uma imagem da Terceira Ponte com a Baía de Vitória, orientando os viajantes a se informarem sobre as diretrizes de saúde do CDC antes de se dirigirem ao Brasil, especialmente ao Espírito Santo.
A febre oropouche é uma arbovirose, transmitida pelo mosquito ‘maruim’. De acordo com o CDC, a doença está ligada a complicações como a morte fetal e outras condições, levando a um alerta especial para que gestantes evitem viajar para áreas afetadas, recomendando que consultem seus planos de saúde para mais orientações.
A página oficial do CDC classifica o Espírito Santo como uma área de alto risco, colocando o estado no nível 2 de alerta devido ao elevado número de casos. Recomendações de prevenção incluem evitar picadas de mosquitos, usar preservativos e abster-se de relações sexuais durante a viagem e por seis semanas subsequentes.
Coincidindo com o alerta do CDC, Vitória sediou um seminário nacional para discutir estratégias de controle da doença, reunindo profissionais de saúde e pesquisadores de instituições como o Instituto Evandro Chagas e a Fiocruz, além de representantes de estados brasileiros afetados, como Pernambuco e Bahia. No evento, dados recentes apontaram uma transmissão acelerada da febre oropouche no Espírito Santo, com estudos em andamento para compreender melhor a situação.
O estado já registrou um óbito confirmado e investiga outra morte suspeita. A vítima confirmada foi uma mulher de 61 anos da cidade de Fundão. Além disso, há relatos de transmissão vertical do vírus, com quatro casos identificados, e um recém-nascido com microcefalia associada à doença. Essas ocorrências ressaltam a gravidade e a necessidade urgente de ações coordenadas para controlar a febre oropouche.