O Brasil melhorou seu posicionamento no Ranking Mundial de Competitividade 2025, subindo da 62ª para a 58ª posição entre 69 países analisados. Apesar dessa melhoria, que representa o melhor desempenho desde 2021, o país ainda enfrenta desafios estruturais e continua abaixo da média global em competitividade.
Desempenho Brasileiro no Ranking
Os dados da 37ª edição do ranking, divulgados pelo International Institute for Management Development (IMD) e a Fundação Dom Cabral (FDC), revelam que a performance do Brasil está amplamente dependente de commodities, sem um forte impulso na exportação de tecnologia e conhecimento.
Entre os países que lideram o ranking, a Suíça ocupa o 1º lugar, seguida por Singapura, Hong Kong, Dinamarca e Emirados Árabes Unidos. Na sequência, destacam-se Taiwan, Irlanda, Suécia, Qatar e Países Baixos.
Desempenho nas Áreas de Competitividade
A análise dos resultados indica que o Brasil avançou em aspectos como desempenho econômico e eficiência empresarial, mas ainda enfrenta várias limitações. Os desafios incluem a dificuldade em exportar serviços, a distribuição da riqueza (PIB per capita), o controle da inflação e a qualificação da mão-de-obra.
No ranking geral de performance econômica, o Brasil subiu da 38ª para a 30ª posição. Destaca-se na 5ª posição em investimento direto estrangeiro, 7ª em crescimento de longo prazo de emprego e 11ª em capital fixo, mas ocupa a 67ª posição em exportações de serviços.
Eficiência Empresarial e Governamental
Embora tenha melhorado sua classificação, o Brasil ainda é o 56º em eficiência empresarial. Os fatores positivos incluem a atividade empreendedora, mas o país tem desafios significativos em dívida corporativa e mão-de-obra qualificada, ocupando as 68ª e 69ª posições, respectivamente.
Quanto à eficiência governamental, o Brasil caiu para a 68ª posição, estando apenas à frente da Venezuela. Esta queda enfatiza a urgência de reformas em áreas como custo de capital e protecionismo.
Desafios de Custo de Capital
O custo do capital e da dívida corporativa é uma preocupação central. Com uma taxa de juros de 14,75%, o Brasil enfrenta dificuldades em obter recursos necessários para investimentos e inovação. Para avançar, seria essencial desburocratizar o acesso ao crédito e fortalecer o mercado de capitais.
Avaliações de Especialistas
Especialistas indicam que a competitividade brasileira continua ligada a um modelo baseado em commodities, sem a exploração adequada da tecnologia e do comércio internacional. A insistência em uma agenda que não prioriza reforma e inovação pode dificultar o crescimento a longo prazo.
É fundamental que o país planeje seu futuro em termos de competitividade e desenvolvimento sustentável, vendo a competitividade não apenas como uma meta imediata, mas como uma estratégia contínua para um crescimento robusto e sustentável nos próximos anos.