sexta-feira, 11 de abril de 2025

Problemas fiscais do Brasil, segundo economista do Goldman Sachs

O economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, destaca que a política fiscal é o principal desafio que o Brasil enfrenta atualmente. Em sua avaliação, “o problema 1, 2 e 3 do Brasil é fiscal”. Essa análise foi apresentada durante o evento “Brazil: Macroeconomic Stability, Climate Change and Social Progress”, que contou com a participação de especialistas como Caio Megale, da XP, e Carlos Viana de Carvalho, da Kapitalo Investimentos.

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Impactos da Dívida na Economia

Ramos argumenta que países com dívida elevada, como o Brasil, tendem a apresentar um crescimento mais lento e maior volatilidade em sua economia. Ele ressalta que quanto mais um governo gasta, menor é o seu potencial de crescimento, o que resulta na perda da capacidade de usar a política fiscal de forma efetiva.

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Mudanças Necessárias na Política Fiscal

Carlos Viana de Carvalho também destaca a urgência de uma transformação na política fiscal brasileira. A principal dificuldade, segundo ele, é vislumbrar um caminho que traga benefícios gerais para a economia sem abordar a dinâmica da dívida existente. O Banco Central enfrenta desafios significativos em conter a inflação enquanto a política fiscal segue um caminho insustentável.

Estruturas Cíclicas e Estruturais

A situação fiscal abrange duas dimensões principais. A primeira é cíclica, relacionada ao aumento dos gastos governamentais, que atualmente suportam o crescimento econômico e a redução do desemprego. Por outro lado, existem questões estruturais ligadas ao aumento dos juros, que podem afetar a credibilidade do Banco Central e a capacidade de controlar a inflação.

Orçamento Desbalanceado

Um aspecto crítico é o desbalanceamento orçamentário do Brasil. Há uma década, 85% das despesas eram obrigatórias; atualmente, esse número saltou para 93%, superando as receitas. Caio Megale aponta que apenas 7% dos gastos podem ser geridos, em contraste com 15% há dez anos. Ele acredita que as reformas necessárias para lidar com a situação fiscal não ocorrerão nos próximos anos, especialmente com o calendário eleitoral em vista.

Consequências da Política Fiscal Expansionista

Megale alerta que uma política fiscal expansionista pressiona a política monetária, resultando na persistência da alta nos juros e em déficits nominais. A XP projeta que, a menos que profundas reformas sejam implementadas nas despesas, a situação da dívida continuará a se deteriorar.

Assim, a discussão sobre a política fiscal no Brasil se torna crucial não apenas para entender a economia atual, mas também para moldar o futuro financeiro do país.


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