29 de maio de 2025
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 42,3% ao ano

Em janeiro, as taxas médias de juros cobradas pelos bancos para famílias e empresas alcançaram impressionantes 42,3% ao ano nas concessões de crédito livre. Esse aumento representa um acréscimo de 1,6 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 4,6 pontos percentuais em comparação com janeiro do ano passado, conforme informações do Banco Central.

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Crédito para empresas e famílias

Nas novas contratações de crédito para empresas, o custo médio foi de 24,2% ao ano, um aumento de 2,5 pontos percentuais em relação ao mês e de 1,7 pontos percentuais na comparação com janeiro de 2023. Para as famílias, o custo do crédito subiu para 53,9% ao ano, apresentando uma alta de 0,8 ponto percentual no mês e 1,6 ponto percentual em 12 meses.

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O Banco Central aponta que o aumento das taxas para as famílias foi impulsionado, principalmente, pelas elevações nos juros do crédito pessoal não consignado, com um aumento de 5,3 pontos percentuais, e do financiamento para veículos, que subiu 2,0 pontos percentuais. Além disso, a maior participação do cartão de crédito rotativo na composição das taxas médias de juros também contribuiu para esse aumento.

No caso das empresas, o crescimento das taxas se deu, em grande parte, por conta dos aumentos consideráveis nas taxas do cartão de crédito rotativo (+103,1 pontos percentuais) e nas operações de capital de giro, tanto para prazos de até 365 dias (+9,3 pontos percentuais) quanto para prazos superiores a 365 dias (+1,7 pontos percentuais).

Saldo das operações de crédito

O saldo total das operações de crédito no Brasil permaneceu estável em janeiro, totalizando R$ 6,5 trilhões. O crédito para pessoas físicas teve um incremento de 1,2%, alcançando R$ 4 trilhões, enquanto o crédito para pessoas jurídicas teve uma redução de 1,8%, situando-se em R$ 2,5 trilhões.

Os dados revelam que, ao longo de 12 meses, o crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceu 11,7%. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo crédito para empresas, que avançou 10,2%, e para as famílias, que teve alta de 12,7%.

O saldo das operações de crédito com recursos livres, onde os bancos têm autonomia para definir as taxas de juros, alcançou R$ 3,7 trilhões, apresentando uma leve diminuição de 0,5% no mês, mas com um aumento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para as empresas, o crédito livre foi de R$ 1,5 trilhão, enquanto para as famílias, o saldo atingiu R$ 2,2 trilhões.

Crédito direcionado

As operações de crédito com recursos direcionados totalizaram R$ 2,7 trilhões em janeiro, com incrementos de 0,9% no mês e de 12,1% em relação ao ano anterior. Este tipo de crédito, regulado pelo governo, abrange setores como imobiliário, rural e microcrédito.

A inadimplência no crédito total do Sistema Financeiro Nacional, que considera os atrasos superiores a 90 dias, atingiu 3,2% da carteira, com um leve aumento mensal e uma ligeira redução em relação ao mesmo período do ano passado. Nas operações de crédito livre, a inadimplência foi de 4,4%, com um avanço de 0,3 ponto percentual no mês.

Por fim, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 18,5 trilhões, representando 155,6% do PIB, com uma queda de 0,8% no mês. Em contrapartida, o crescimento em 12 meses foi significativo, atingindo 14,4%. O crédito ampliado às empresas somou R$ 6,6 trilhões, enquanto para as famílias, o saldo foi de R$ 4,3 trilhões, com expansões que refletem o aumento dos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional.


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