A rainha Elizabeth II assumiu o trono britânico em 1952, sendo coroada em 1953. Era filha de Jorge VI e tornou-se rainha por ocasião da morte de seu pai. Sua ascensão ao poder era improvável, uma vez que ela era filha do segundo herdeiro na linha de sucessão do trono inglês.
Ficou noiva e casou-se em 1947 com Philip, príncipe da Grécia e Dinamarca. Desse casamento, nasceram quatro filhos. Elizabeth II é a monarca que teve o reinado mais longevo da história da coroa britânica e morreu aos 96 anos, no dia 8 de setembro de 2022.
Nascimento e infância
Elizabeth Alexandra Mary, conhecida a partir de 1952 como rainha Elizabeth II, nasceu em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Ele era filha de Albert Frederick Arthur George, o duque de York, e de Lady Elizabeth Bowes-Lyon. Durante o nascimento de Elizabeth, o rei do Reino Unido era Jorge V, e seu pai, o duque de York, era o segundo na linha de sucessão ao trono inglês.
Quando Elizabeth nasceu, ela se tornou a terceira na linha de sucessão, estando atrás de seu tio Edward (Eduardo, em português) – filho mais velho de Jorge – e George (Jorge, em português), o duque de York e seu pai. Os pais de Elizabeth tiveram apenas duas filhas, sendo Elizabeth a filha mais velha do casal e Margaret a filha mais nova.
Elizabeth foi batizada na Igreja Anglicana, como é costume de toda a família real britânica, e teve uma educação digna de sua posição. Apesar disso, ela não era das mais cotadas para assumir o trono britânico, já que seu tio Eduardo era o primeiro na linha de sucessão e, caso ele tivesse filhos, eles estariam à frente de Elizabeth na linha sucessória.
Além disso, caso o pai de Elizabeth tivesse algum filho, este também estaria à frente de Elizabeth porque havia uma tradição de dar a preferência para o primogênito do sexo masculino na sucessão do trono britânico.
O ano de 1936 foi um momento de virada importante na vida de Elizabeth. Foi nesse ano que o seu avô, Jorge V, faleceu, em janeiro. Com isso, o seu tio foi coroado, tornando-se Eduardo VIII. Entretanto, o reinado dele durou menos de um ano porque ele abdicou do trono para casar-se com uma norte-americana divorciada chamada Wallis Simpson.
A posição conservadora da política e da sociedade britânica gerou uma crise institucional no Reino Unido quando Eduardo VIII anunciou seus planos de casar-se com Wallis. Como a opinião pública era contrária ao seu casamento, ele decidiu renunciar ao trono em favor de seu irmão, que foi coroado em 11 de dezembro de 1936 como Jorge VI.
Com isso, Elizabeth tornou-se a herdeira imediata ao trono britânico. No entanto, como mencionado, se seu pai tivesse um filho, este tomaria seu lugar na linha de sucessão. Quando seu pai foi coroado rei do Reino Unido, Elizabeth tinha apenas 10 anos de idade.
Participação na Segunda Guerra
Em 1939, o Reino Unido declarou guerra à Alemanha depois que a Polônia foi invadida por tropas germânicas. Iniciou-se então a Segunda Guerra Mundial, que se estendeu por um período de seis anos, tornando-se um dos maiores conflitos da história e também o responsável por grande destruição material e mortes.
Parte dos anos de guerra, Elizabeth residiu no Castelo de Windsor. Todavia, no último ano do conflito, ela aderiu ao Auxiliary Territorial Service, um grupamento de mulheres que serviam como voluntárias em funções variadas para o exército britânico. Nesse serviço, foi treinada como motorista e mecânica. Ao final da guerra, a futura rainha contou que saiu às ruas para comemorar a vitória dos Aliados com sua irmã. Nessa época, ela tinha apenas 19 anos.
Casamento e coroação
Elizabeth casou-se em 20 de novembro de 1947 com Philip, príncipe da Grécia e da Dinamarca. Elizabeth e Philip são parentes, algo que é muito comum entre as famílias reais europeias. Eram primos em segundo grau por descendência de Cristiano IX da Dinamarca e primos de terceiro grau por descendência da Rainha Vitória.
Os dois se conheceram em 1939, quando Elizabeth tinha 13 anos. Depois desse encontro, ela disse para algumas pessoas próximas que estava apaixonada por Philip. Logo depois os dois começaram a trocar cartas. Ficaram noivos em julho de 1947 e, em novembro, casaram-se na Abadia de Westminster, em Londres. O casamento gerou controvérsias, uma vez que Philip tinha alguns parentes com associações claras com nazistas.
Para casar-se com Elizabeth, Philip foi obrigado a abandonar os seus títulos das coroas dinamarquesa e grega, além de ter se convertido ao anglicanismo. Ele também teve de adotar o sobrenome Mountbatten, nome herdado de seus parentes britânicos. Ao longo de sua vida, Elizabeth e Philip tiveram quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward.
Aos 25 anos, Elizabeth tornou-se rainha do Reino Unido, no dia 6 de fevereiro de 1952, o dia que seu pai, Jorge VI, faleceu. No último ano do reinado de Jorge VI, sua saúde estava muito debilitada em razão do câncer de pulmão, doença que o matou. Isso fez com que Elizabeth o substituísse em eventos públicos com grande frequência, afinal, ela era a herdeira do trono.
Quando seu pai faleceu, Elizabeth e seu marido estavam em viagem, mais especificamente no Quênia. Após o falecimento do pai, ela retornou imediatamente para a Inglaterra e, nesse mesmo dia, um conselho se reuniu no Reino Unido e anunciou que ela sucederia o trono. Os preparativos para a coroação de Elizabeth duraram quase um ano.
Em março de 1953, sua avó faleceu, mas os preparativos seguiram, e Elizabeth foi coroada rainha do Reino Unido, tornando-se Elizabeth II. Sua cerimônia de coroação aconteceu em 2 de junho de 1953 e foi a primeira do tipo que foi televisionada.
Charles
Com a morte de Elizabeth, seu filho Charles, nascido em 1948, é o primeiro na linha de sucessão ao trono britânico. O filho mais velho de Charles com Diana, conhecido como príncipe William, é, por sua vez, o segundo na linha de sucessão. Essa ordem segue com o filho mais velho do príncipe William, chamado George, que é o terceiro na linha de sucessão.