Quando comecei a ler Irmãos Hawthorne, não sabia exatamente o que esperar, porque já estava acostumada com a história da Avery, a protagonista da trilogia anterior. Mas, assim que comecei a leitura, percebi que a história estava focada nos dois irmãos, Grayson e Jameson, e isso me conquistou de uma maneira que eu não imaginava.
O que mais gostei foi que, apesar de Avery ainda ser importante, o livro não gira mais em torno dela. A história foca mais nos dois irmãos, e a gente consegue ver como eles evoluíram desde os outros livros. No início, estava tudo centrado nela, mas agora, no Irmãos Hawthorne, ela já tem sua vida própria e está mais tranquila. Isso fez o livro ser muito mais dinâmico, com as histórias dos irmãos tomando o protagonismo.
Entre os dois, eu sou super fã do Jameson. Ele tem esse jeito sarcástico, engraçado e, o melhor, é ótimo em enigmas. Aquele tipo de personagem que é impossível não gostar! Ele é tão divertido e cheio de atitude, mas tem uma sensibilidade por trás disso, que fica bem claro na forma como ele lida com os outros personagens e suas próprias questões. Já o Grayson é bem mais sério, responsável, como alguém que foi forçado a crescer rápido. Ele sempre foi o “adulto” da família, com um peso muito grande sobre os ombros. Mas, mesmo ele sendo mais contido, há algo nele que também me cativa, essa vibe mais madura e focada. No final, eu acho que os dois têm qualidades que complementam a história e o crescimento deles ao longo do livro.
Uma das coisas que me impressionou foi como o livro misturou duas tramas completamente diferentes. Uma parte da história é focada na família do Grayson, mais especificamente nos segredos que envolvem a vida deles fora dos Hawthorne, e a outra parte se passa em Londres, com o Jameson se envolvendo em um jogo misterioso. As duas histórias, apesar de separadas, acabam se conectando de uma forma interessante e cheia de mistério. Eu adorei isso, porque trouxe um ritmo diferente para o livro, e me deixou sempre querendo saber mais.
Além disso, o livro conseguiu lidar com a parte do triângulo amoroso entre a Avery, Grayson e Jameson de um jeito bem natural. No começo da trilogia, isso era um grande ponto de tensão, mas agora, nesse livro, isso já ficou no passado. A Avery e o Jameson estão juntos de uma forma mais séria, enquanto o Grayson está superando a situação e ganhando mais espaço para focar na própria vida. Foi bom ver que eles se ajustaram às novas realidades, sem ficar com aquele climão de “não posso falar com você” ou “estou com raiva de você”. Eles amadureceram e seguiram em frente.
Eu também gostei de como a história deu mais destaque para personagens que antes eram um pouco deixados de lado, como as irmãs do Grayson. Elas são bem interessantes, e acho que ainda tem muita coisa para explorar sobre elas nos próximos livros. O final foi bem satisfatório, mas ainda deixou algumas perguntas no ar, o que me deixou super curiosa para saber o que vai acontecer em seguida. Sei que a história não terminou ali, e que outras peças do quebra-cabeça ainda vão ser encaixadas nos próximos livros.
Eu diria que esse livro não é uma sequência simples, mas sim uma continuação que agrega muito à trama. Não é preciso ter lido os outros livros para entender Irmãos Hawthorne, mas se você leu, com certeza vai entender melhor o contexto e as motivações dos personagens. Eu achei que o livro se sustentou muito bem sozinho, enquanto ainda deixou algumas pontas soltas para dar aquele gostinho de “quero mais”.
No final, foi uma leitura cheia de mistério, com reviravoltas que me deixaram empolgada e muito curiosa para o que vem a seguir. Eu não mudaria nada, acho que tudo aconteceu da maneira certa para preparar o terreno para o próximo livro, que estou super ansiosa para ler. Irmãos Hawthorne foi uma ótima adição à série, e eu mal posso esperar para saber o que vai acontecer com os Hawthorne e seus segredos nos próximos capítulos.