Cresci nos anos 90, uma época em que, na minha ingenuidade, achava que estávamos super avançados tecnologicamente. Esse encanto começou quando meu pai trouxe para casa nosso primeiro computador, equipado com o Windows 98. O quarto ganhou um ar quase místico com aquele trambolho envolto em plástico. O simples pressionar de um botão dava vida à máquina, que respondia com o ronco metálico de suas turbinas, enquanto o boot se arrastava em uma eternidade digital. Logo, CDs se espalhavam pelo móvel, muitos deles vindos das famosas revistas CD-ROM, recheadas de jogos, programas e curiosidades.
A transição tecnológica foi rápida e fascinante. Passamos dos celulares “tijolões” para dispositivos menores e mais potentes, dos disquetes frágeis para os CDs e, posteriormente, os pendrives. Os computadores, antes robustos e barulhentos, foram ficando mais compactos e silenciosos. Cada inovação era uma nova revolução no cotidiano, tornando o futuro cada vez mais presente.
Olhando para trás, percebo como aqueles primeiros contatos com a tecnologia moldaram minha curiosidade e me fizeram enxergar o digital não apenas como ferramenta, mas como parte essencial da nossa evolução.
Foi essa mesma curiosidade que me levou ao mundo da cibersegurança. O fascínio por sistemas, redes e vulnerabilidades se tornou mais do que um interesse; virou um caminho de aprendizado constante. Em um cenário onde a inteligência artificial redefine processos e a computação quântica ameaça romper os paradigmas da criptografia tradicional, a segurança digital se torna uma corrida contra o tempo. O futuro nos reserva desafios imensuráveis, onde cada avanço pode ser tanto uma solução quanto uma nova ameaça.
Agradeço a quem me acompanhou até aqui e, embora minha presença seja alternada, estarei sempre por perto para compartilhar reflexões e aprendizados sobre esse universo em constante transformação.