O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a relevância do conhecimento ancestral indígena na proteção da Terra e na construção de um futuro que valorize o passado. Durante a comemoração do Dia dos Povos Indígenas, em 19 de abril, Lula enfatizou a importância dos saberes tradicionais para a preservação da vida no planeta.
Na mensagem, ele afirmou: “Em um mundo que prioriza o novo, os povos indígenas nos lembram que o verdadeiro futuro é o que resistiu. O conhecimento ancestral é a última fronteira contra a destruição – e a nossa chance de mudar.”
Importância do encontro na COP 30
O Ministério dos Povos Indígenas está mobilizando esforços para garantir a participação significativa dos indígenas na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorrerá em novembro no Pará. Esta edição da COP é considerada uma oportunidade única para abordar os desafios da proteção da Amazônia e dos povos que nela habitam.
Historicamente, a Conferência visa consolidar ações para a proteção ambiental e promover a inclusão de vozes diversas nas discussões climáticas. Contudo, é vital que as lições do passado, como o Acordo de Paris, sejam lembradas e aplicadas. Embora o Acordo tenha reconhecido a contribuição dos conhecimentos indígenas, ainda há um longo caminho a percorrer para implementar políticas eficazes que beneficiem esses povos.
Desafios e conquistas em destaque
A criação do Círculo dos Povos, que envolve uma Comissão Internacional Indígena, foi uma importante conquista para amplificar as vozes indígenas. Essa comissão pretende garantir que as demandas dos povos que conservam a biodiversidade sejam atendidas e reconhecidas.
Além disso, o Ciclo COParente, uma ação composta por 14 encontros em todo o Brasil, visa articular e mobilizar a participação indígena na COP 30, ressaltando seu papel crucial na governança ambiental global. A escuta ativa e o protagonismo indígena são fundamentais para enfrentar a crise climática.
Novos mecanismos de financiamento
O governo brasileiro também está comprometido em desenvolver novos mecanismos financeiros, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), para apoiar as organizações indígenas. Essas iniciativas buscam reestruturar a dinâmica do financiamento internacional e facilitar o acesso dos recursos às comunidades que protegem as florestas, reconhecendo seu papel essencial na mitigação das mudanças climáticas.
A valorização do conhecimento ancestral e a participação ativa das comunidades indígenas são passos essenciais para construir soluções sustentáveis que beneficiem o planeta e suas diversas formas de vida.