Antes de falar do elefante branco na sala, algumas informações são importantes. No dia 5 de setembro a banda Linkin Park fez uma apresentação surpresa no RED Studios Hollywood, a apresentação foi transmitida no YouTube. Depois de 7 anos da morte do vocalista Chester Bennington, a banda voltou com um anúncio de álbum novo e duas substituições, a nova vocalista Emily Armstrong e o baterista Colin Brittain. No mesmo dia foi postado no canal do YouTube da banda um dos singles novos: The Emptiness Machine. E quase 20 dias depois o segundo single foi postado no YouTube, que é tema do mundial de League of Legends: Heavy is the crown. A banda ainda anunciou uma nova turnê mundial, com show no Brasil previsto para 15 de novembro de 2024 no Allianz Parque.
Afinal, qual a polêmica? Se você acompanha o mundo do rock e nem precisa ser muito fã, com certeza já viu troca de vocalistas. Um caso emblemático é a entrada do cantor Adam Lambert no Queen, após 20 anos da morte de Freddie Mercury. Vale ressaltar que entre esses 20 anos o Queen fez parcerias em alguns shows, um deles foi Paul Rodgers, que disse em entrevista “que Adam Lambert é o vocalista perfeito para o Queen”. Mas como nem tudo são flores, muitos fãs reclamaram da nova parceria. Apesar das críticas, o Queen segue com o vocalista e recentemente Roger Taylor disse em entrevista, a Rolling Stones, que podem lançar novas músicas.
Casos de novos vocalistas, principalmente se os antigos vocalistas morreram ainda estando na banda, parece ter um apelo emocional nos fãs mais fervorosos e nos fãs relapsos. Como se “antes que era bom”, sempre no apelo nostálgico. Um caso que ninguém liga se muda o vocalista é da banda Van Halen, que já contou com os cantores: David Lee Roth, Sammy Hagar e Gary Cherone. Semelhante ao Van Halen, quem já teve troca de vocalista foi o Black Sabbath, com a saída de Ozzy Osbourne, quem assumiu o vocal foi Ronnie James Dio.
E o Linkin Park? Tem sempre aquele argumento “nunca vai substituir o fulano”. Realmente, nunca vão substituir Freddie Mercury ou Chester Bennington, mas a indústria sempre vai lucrar, seja com a continuação da banda ou com remixes do cantor. Este último é bem exemplificado com o lançamento da música “Love never felt so good” em 2014, uma parceria entre Justin Timberlake e Michael Jackson, “juntos no clipe”, sendo que o Michael Jackson morreu em 2009, mas a indústria sempre lucrará com a sua imagem e músicas.
Essas trocas de vocalistas sempre dão pano pra manga na imprensa. Sai notícia em 15 portais diferentes falando que a mãe do Chester, no caso Linkin Park, se sentiu traída. Mas a polêmica vai além, tem matérias que dizem que a cantora é da cientologia, que defendeu o ator Danny Masterson, supostamente, porque “as provas” são relatos de outras pessoas que tem desavenças com a cantora, porém o burburinho foi tanto que Armstrong (a vocalista) veio a público esclarecer que não defendia abusador e nem apoiava violência contra mulheres. Resumindo, se algum dia Emily Armstrong quis apoiar o ator Danny Masterson – entenda o caso dele aqui – nunca saberemos, porque a cantora diz ter cortado relações. E quanto à Cientologia, se você não sabe o que é essa religião que conta com muitos famosos, inclusive Tom Cruise, clica aqui pra saber quem são os famosos que são ou foram da cientologia, a matéria conta com as polêmicas dessa religião.
Enfim, a entrada de Emily Armstrong no Linkin Park já deu o que falar, mas talvez o problema não seja Cientologia, isso nunca impediu ninguém de ver os filmes do Tom Cruise, mesmo ele sendo um dos rostos da religião. E muito menos que a cantora possa ou não ter apoiado o Danny Masterson, porque isso também nunca impediu famosos de apoiarem o ator, como foi o caso de Ashton Kutcher e Mila Kunis.
O que realmente incomoda os fãs? É por que Emily é uma mulher substituindo um homem? É culpa da nostalgia? Ou é o velho e preguiçoso argumento de sempre, “no meu tempo que era bom”? Obviamente a banda seguirá um caminho novo, conquistando fãs novos e se desvinculando cada vez mais daqueles fãs que preferirem voltar no tempo… Que não existe mais.
