O Google está considerando a energia nuclear como uma solução para a crescente demanda de seus data centers, especialmente aqueles que suportam conteúdos de inteligência artificial (IA). A proposta foi feita pelo CEO da empresa, Sundar Pichai, durante uma recente declaração.
Pichai destacou que essa alternativa pode ajudar a reduzir as emissões de carbono e diminuir a dependência de fontes tradicionais de energia. “Estamos explorando investimentos adicionais, incluindo energia solar e tecnologias como pequenos reatores nucleares modulares”, afirmou o executivo. Ele reafirmou o compromisso do Google em alcançar a certificação de zero emissões em todas as suas operações até 2030, uma meta que, embora considerada “muito ambiciosa”, é vista como possível, mesmo com o aumento no uso de IA.
A empresa já tem demonstrado interesse por fontes de energia alternativas, embora ainda tenha poucas iniciativas de grande escala. Em 2023, um artigo de pesquisadores da companhia indicou que o Google continuaria a investir significativamente em energias limpas, como geotérmica e hidrogênio.
A busca por soluções sustentáveis para lidar com o elevado consumo de água e eletricidade gerado pela IA é uma preocupação compartilhada por outras gigantes do setor. Recentemente, a Microsoft firmou um acordo para utilizar a energia de um reator da usina de Three Mile Island, nos Estados Unidos, onde ocorreu um grave acidente nuclear décadas atrás; esse contrato, no entanto, começará a valer apenas em 2028. Por sua vez, a Amazon anunciou a compra de eletricidade gerada por uma usina nuclear localizada nas margens do rio Susquehanna, também nos EUA.