Um órgão consultivo vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu uma série de recomendações sobre o impacto da inteligência artificial (IA) na sociedade. O relatório detalha os riscos envolvidos e sugere ações governamentais necessárias.
O comitê encarregado de discutir o tema apontou que a ONU não monitora adequadamente as questões relacionadas à IA. Ele alerta que os riscos dessa tecnologia devem ser tratados com a mesma seriedade que as mudanças climáticas, que por muitos anos foram negligenciadas e só ganharam atenção quando seus efeitos começaram a ser amplamente sentidos. Entre as preocupações citadas no relatório estão a disseminação automatizada de desinformação, o desenvolvimento de deepfakes mais sofisticados, a substituição de empregos e o viés algorítmico presente nas IAs generativas.
Recomendações da ONU sobre a IA
O relatório destaca que uma das principais ações da ONU deve ser a abertura de um diálogo global sobre IA, envolvendo todos os países membros para promover debates mais amplos e colaborativos. Outra recomendação é a criação de um fundo destinado a “capacitar nações mais pobres”, para que não fiquem atrasadas no desenvolvimento de IA em relação aos países mais avançados.
O documento também propõe o estabelecimento de um painel internacional e independente, com representantes do setor científico e da indústria de IA, além da criação de padrões globais para a tecnologia, visando harmonizar práticas entre as nações. “Enquanto especialistas, mantemos o otimismo sobre o potencial da IA para o bem. No entanto, esse otimismo deve ser equilibrado com a conscientização sobre os riscos e a insuficiência das estruturas e incentivos atuais”, conclui o relatório.