quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Parem com as retrospectivas

Com a chegada do final do ano, nos deparamos com as famosas retrospectivas por todos os lados, TV, sites de notícia, até os streamings de música fazem isso agora. É aquele jeito forçado de revivermos momentos dos eventos mais marcantes dos últimos 12 meses. Sejam eles bons, ruins ou até nem tão verdadeiros assim.

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No entanto, para algumas pessoas, essa prática não é apenas indiferente, mas até mesmo causa desconforto, despertando sentimentos de desagrado e até de aversão. Afinal, quem disse que o ano foi tão maravilhoso que queremos relembrar os momentos?

As redes sociais estão inundadas de posts de coisas boas e maravilhosas que aconteceram, “maquiando” a realidade de todos, desenhando um cenário falso, que infelizmente as pessoas acreditam ser real.

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Para algumas pessoas, o olhar para trás pode evocar lembranças dolorosas ou eventos que prefeririam esquecer, causando desconforto e ansiedade. Infelizmente com a exposição a realidades que não são tão reais assim, convergem para a comparação da própria realidade.

Em contraste com as realidades falsas e maravilhosas das retrospectivas das redes sociais, existem as retrospectivas dos veículos de comunicação, que na maior parte das vezes está  repleta de tragédias, crises e desafios globais, que só despertam sentimentos negativos e desânimo.

Além disso, as retrospectivas podem reforçar a pressão social e a comparação com a vida de outras pessoas. O destaque a momentos de sucesso alheio ou a acontecimentos extraordinários pode gerar um sentimento de inadequação ou insatisfação com a própria vida.

Tanto a narrativa que fantasia e mente sobre um cenário lindo, quando a que só relembra tragédias, são maléficas para os espectadores. Que bem faz relembrar sobre guerra, sobre o político que fez algo terrivelmente ruim ou sobre a morte de uma criança? Nenhum!

Todos têm perspectivas e experiências únicas ao longo do ano, para algumas pessoas, naquele ano em específico, a retrospectiva pode ser uma oportunidade de celebração, reflexão e até mesmo de aprendizado. Para outras, pode ser uma momento de relembrar o que poderia ser deixado no passado.

Porém, com a quantidade massiva de informações “maquiadas”, fake news e de tragédias que são consumidas cada dia mais numa velocidade assustadora, o ideal é evitar a exposição a esse tipo de conteúdo produzido pelos outros.

Quem não teve experiências tão boas no último ano, ou quem consumiu só notícias ruins, de tragédias e coisas que despertem ansiedade, que nesse fim de ano foque em coisa boa! Em aprender coisas novas, consumir boas coisas, de preferência reais (corram de fake News).

Faz bem também para a prática pessoal, trazer uma reinterpretação para os fatos da vida, a vida fica mais leve se olharmos para ela de uma maneira mais leve e positiva.

Obrigada 2023 e bem vindo 2024.

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Cínthia Helena Aguiar
Cínthia Helena Aguiar
Minha vida é marcada pela curiosidade e pela busca por conhecimento. Tenho uma trajetória acadêmica e profissional bem diversificada. A psicologia junguiana, no entanto, ocupa um lugar especial em meu coração. Sou especialista em psicologia junguiana, estudante assídua de símbolos e arquétipos. Sempre com uma xícara de café na mão, buscando respostas para as grandes questões da existência. Acredito que o autoconhecimento é a chave para uma vida mais plena e autêntica.

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