sábado, 21 de dezembro de 2024

Como o turista se diverte quando o clima não beneficia o banho de mar em Florianópolis

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O sol está “tímido” nos primeiros dias de janeiro de 2023, em Florianópolis, isso quando não chove, e os turistas que desejam aproveitar as praias perdem parte importante das opções disponíveis.

Criança se divertindo no Labirinto Mágico – Foto: Leo Munhoz/ND

Nesses dias, podem lotar restaurantes, shoppings, lojas e todo comércio da cidade. Na quarta-feira (4) dois centros comerciais consolidados, Floripa Shopping e Beiramar Shopping, por exemplo, tiveram excelente movimento.

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Turistas de todo canto do país e do mundo circulam, compram e curtem Florianópolis no verão. A reportagem ouviu gente de Santos (SP), Salvador (BA), Caxias do Sul e Porto Alegre (RS). E, para além das fronteiras, famílias do Uruguai e da Argentina, que estão fazendo o possível para se distrair, enquanto o sol não os ajuda a tirar/torrar suas merecidas férias.

Baiano, de Salvador, o contador Dhone Oliveira, 34 anos, chegou em Florianópolis em 30 de dezembro, para o réveillon. Nos primeiros dias de viagem, visitou praias como Santo Antônio de Lisboa e Jurerê Internacional.

Na terça-feira (3), como choveu, escolheu sair: levou a família para o Beto Carrero, em Penha, depois para Balneário Camboriú. Oliveira está num hotel perto da Ponte Hercílio Luz com a família. Para ele, a cidade precisa de mais atrações quando chove.

“Só tem shopping, mas aqui fizeram esse parquinho. Inaugurou hoje [quarta-feira, 4], então, está ótimo para as crianças se divertirem”, afirmou Oliveira, referindo-se ao “Labirinto Mágico”, estrutura montada no vão central do Floripa Shopping, no Monte Verde, com atrações infantis. Lá, por exemplo, os pais têm acesso a uma enorme piscina de bolinhas para brincar com os filhos.

A mulher de Oliveira, a professora Monic Brito, 35 anos, disse que, em Balneário, a família visitou o Oceanário, porque estava nublado. O casal tem dois filhos: Miguel, 6 anos, e Davi, 3. O mais velho aproveitou bem o passeio no shopping. Para Dhone e Monic, a maior dificuldade é esperar.

“A cidade está cheia. Enfrentamos fila para tudo que fizemos hoje”, comentou Monic. Mesmo com a ressalva, eles pretendem voltar. “Muito aconchegante, maravilhosa, a estrutura aqui é muito boa. Estamos conhecendo Florianópolis e com certeza voltaremos”, enfatizou Dhone.

Gaúcha, de Porto Alegre, a bancária Anelise Aguiar, 33 anos, conhece Florianópolis. Se não tem praia, além do shopping, vai a restaurantes e passeia de carro. Ela chegou na terça e fica apenas quatro dias. Na quarta pela manhã, mesmo com tempo nublado, pegou praia.

As priminhas do Rio Grande do Sul se divertindo no Floripa Shoping – Foto: Leo Munhoz/NDAs priminhas do Rio Grande do Sul se divertindo no Floripa Shoping – Foto: Leo Munhoz/ND

No shopping, gostou da estrutura, mas “tinha gente demais.” Anelise queria fazer a filha Isadora, 4 anos, gastar mais energia. “Ela tá exausta, porque brincou muito na praia, mas não dorme cedo. Se a gente estiver acordado, ela vai”, comentou a mãe.

Além dos pequenos, os adultos também precisam de lazer. Anelise, porém, disse que ainda não conseguiu aproveitar. “É difícil achar lugar para estacionar quando queremos conhecer os restaurantes, por exemplo”, ressaltou. “Eu só quero o mar quente que não temos!”, enfatizou.

Do Uruguai, a professora Victoria Brugnini, 41 anos, explicou que, na ausência da praia, passeia de carro até os shoppings, supermercados, lojas e centrinhos de bairros, como Jurerê. Na quarta, foi ao Floripa Shopping com a irmã, o cunhado, a mãe, a tia e o sobrinho Joaquim, de um ano e meio.

O garoto perambulou o shopping praticamente inteiro “dirigindo” um conversível elétrico. A maior dificuldade do pai, o verdadeiro motorista, era desviar da multidão no shopping sem atropelar ninguém.

Família do Uruguai turistando no Brasil – Foto: Leo Munhoz/NDFamília do Uruguai turistando no Brasil – Foto: Leo Munhoz/ND

“Compras podemos fazer em qualquer lugar. O foco da viagem para cá é ir à praia. As de Florianópolis me encantam, são as mais belas que vi na vida. Gosto de aproveitar a natureza”, completou a turista, tia de Joaquim, que fica até meados de janeiro na Capital.

De Santos, no litoral paulista, a enfermeira Sandra Regina Pedrowski, 53 anos, conhecia Florianópolis. Ela chegou à Capital dia 27 para visitar parentes e não necessariamente buscando praia.

Na quarta, estava no shopping com a sobrinha-neta, Gabriele, de 6 anos. Na ausência da praia, ela lista as opções: “shopping, restaurante e barzinho. Tem bastante opção”, frisou a turista.

“vim por causa da família. Onde eles vão, eu vou. Ontem [terça, 3] fomos num restaurante mexicano, outro tipo de diversão”, declarou Sandra. Para ela, não há do que reclamar no passeio.

“O estado de espírito é você, não o local. Florianópolis é linda, mas se você não está bem, de que adianta? Quando viajamos de alma aberta, tudo é lindo e maravilhoso. Quando volta para casa é que a coisa fica diferente”, brincou a turista.

Beiramar Shopping, mais um lotado

De Caxias do Sul, a protética Sabrina Toscan, 23 anos, estava em outro shopping bastante cheio da Capital, o Beiramar Shopping. Segundo ela, quando não tem sol, “o jeito é pegar um shopping, igual estamos fazendo agora, barzinho, comer algo num restaurante, ou ficar em casa jogando baralho”, disse a turista abrindo o sorriso.

Movimento no Beiramar Shopping em dia de chuva – Foto: Leo Munhoz/NDMovimento no Beiramar Shopping em dia de chuva – Foto: Leo Munhoz/ND

No shopping, Sabrina estava com o cunhado, duas irmãs e a sobrinha Aurora, 3 anos. “Como não tem praia, tem que dar um jeito. Colocar um desenho que eles gostam, ou levar para passear”, registrou a turista gaúcha.

Feliz da vida, Julio Leal, 32 anos, de San Miguel de Tucumán, viu a Argentina ser tricampeã do mundo contra a França e, dias depois, viajou para Florianópolis com a família. Na Capital desde o dia 26, Leal ainda não tinha pegado chuva na cidade e estava nas praias. Ele veio com a mulher, a advogada Mayra Cáceres, 29 anos, e o filho Fernando, um garoto com 4.

“É a primeira vez que está um dia feio. Fomos um dia à praia da Daniela e estava nublado e com sol, mas como hoje [ontem, quarta-feira] é a primeira vez e viemos ao shopping”, disse Leal.

Mayra, Fernando e Julio Leal, certamente a família mais feliz da reportagem, com o tri da Argentina no futebol – Foto: Leo Munhoz/NDMayra, Fernando e Julio Leal, certamente a família mais feliz da reportagem, com o tri da Argentina no futebol – Foto: Leo Munhoz/ND

O pequeno Fernando é quem vai guardar para sempre a viagem na memória, porque adora o Natal – o Beiramar Shopping está nos últimos dias com decoração natalina. Segundo Leal, a data é muito celebrada aqui, diferentemente de Tucumán.

Se nos últimos dias os turistas não puderam aproveitar ao máximo a praia, a expectativa para hoje é diferente. A previsão do tempo marca tempo aberto para hoje e amanhã. A fila para chegar ao shopping provavelmente será menor, mas para chegar às praias, não se pode dizer o mesmo.

E é importante que aproveitem as aparições do sol. No fim de semana, a previsão é de chuva no sábado e domingo pela manhã e tempo aberto à tarde.


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