No fim da tarde desta quinta-feira, 23, a Prefeitura Municipal de Vitória recebeu a Notificação Recomendatória nº 01/2023, expedida pelo Ministério Público do Espírito Santo (Promotor de Justiça Marcelo Lemos Vieira), pela qual o Prefeito foi notificado a tomar providências no sentido de obstar (impedir) quaisquer tipos de realização de Carnaval de Rua no Bairro Centro de Vitória, com a suspensão de alvarás porventura já expedidos e não emissão de novos.
A recomendação foi direcionada apenas para a região do Centro, sem se estender a outros blocos do Carnaval de Rua com cortejos já autorizados pela Prefeitura para os próximos dias.
Em decorrência dessa recomendação, os Blocos Carnavalescos Esquerda Festiva e Prakabá, que estavam previstos para este final de semana, foram notificados da suspensão de suas licenças.
Segundo fontes, a referida recomendação se revela uma medida inconstitucional e discriminatória, que acaba por criminalizar a maior manifestação da cultura popular do país e, em especial, o Carnaval do Centro da Capital.
Diante da situação, o BLOCÃO – Liga dos Blocos do Centro, realizará, junto com cidadãos da Grande Vitória, moradores e comerciantes do Centro da Capital, bem como integrantes de todos os blocos carnavalescos um Ato Público em defesa do Carnaval de Rua do Centro de Vitória.
O ato está previsto para acontecer nesta sexta-feira, 24, às 11h na Rua Sete de Setembro, na altura da Praça Ubaldo Ramalhete.
Mais um absurdo da gestão Pazolini apoiada pelo MP, na figura do promotor Marcelo Lemos.
Porque só o Centro, será que os outros blocos, dos outros bairros, também não causam “impactos” ambientais e sonoros?
Será que se tivéssemos uma gestão carnaval, e não este faz de conta que fizeram no Centro, os ditos “impactos” não seriam minimizados?
A decisão de fechar os bates do Centro às 23h uma semana antes do Carnaval, junto a uma materia de A Gazeta apenas sobre os blocos do Centro e esta Nota recomendatoria do MP, me lembram do absurdo TAC assinado entre o órgão e a gestão Luciano que, sem ouvir a comunidade, impediu vários eventos por um longo período no Centro. COINCIDÊNCIA? Duvido!
Perseguição, má gestão e preconceito com a cultura popular e periférica nos parecem as respostas mais acertadas. Não aceitaremos mais esta arbitrariedade! Estamos juntos e juntas nesta luta!