O último torneio de tênis Masters 1000 do ano, realizado em Paris, encerrou-se em 03 de novembro, com vitória o alemão Alexander Zverev sobre o tenista local, o francês Ugo Humbert. Com a vitória, o alemão alcançou o segundo lugar no ranking de simples da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), ultrapassando o espanhol Carlos Alcaraz.
Entre todos os torneios desta magnitude, com pontuação e 1000 pontos ao vencedor, pontuação só inferior aos torneios do Grand Slam (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open, que dão 2000 pontos ao campeão), a edição de Paris é sempre a mais aberta às “zebras”. Não que a vitória de Zverev seja inesperada, mas o fato de o torneio acontecer no final da temporada, depois de uma desgastante luta por acúmulo de pontos em quadras do mundo todo, Paris traz, ano após ano, desistências e surpresas.
Neste ano, o líder do ranking, o italiano Jannik Sinner desistiu de participar na última hora. Outro tenista bem ranqueado, Novak Djokovic, também decidiu não participar. E a própria ascensão de Humbert, um tenista de ranking mais baixo, depois de vencer um Alcaraz visivelmente cansado, mostra que o torneio estava aberto às surpresas, como em anos anteriores. Nos últimos anos, tenistas como Karen Khachanov (2018), Daniil Medvedev (2020) e Holger Rune (2022) venceram em Paris, mesmo não sendo os principais candidatos.
A derrota nas oitavas de finais de Alcaraz e a desistência de Sinner, antes do início do torneio, acabaram sendo providenciais para o último torneio importante do ano, o ATP Finals, que acontecerá de 10 a 17 de novembro, em Turim. Ambos estão classificados para participar deste torneio, que reúne os oito primeiros colocados do ranking deste ano. Além de Sinner e Alcaraz, outros três tenistas estão classificados: o alemão Alexander Zverev, o russo Daniil Medvedev e o norte-americano Taylor Fritz.
As outras três vagas estão abertas e os principais candidatos a ocupa-las são o sérvio Novak Djokovic (3910 pontos), o norueguês Casper Ruud (3855), o australiano Alex de Minaur (3745), e o russo Andrey Rublev (3720).
Ruud está jogando em Metz e pode chegar a 4095 pontos, em caso de vitória no torneio; de Minaur está jogando em Belgrado, e pode alcançar 3945 pontos; Rublev está jogando em Metz e pode chegar a 3920 pontos. Como Djokovic ainda não anunciou se joga o Finals (embora seja quase certeza de que jogue), as outras vagas ainda estão abertas.
Uma coisa é certa, e bem diferente dos últimos anos: o líder do ranking no final da temporada não será mais Djokovic e, pelo andar da carruagem, os novos candidatos a dominar o circuito serão Sinner e Alcaraz, com Zverev correndo por fora. É esperar para ver.