No dia 6 de maio deste ano, o deputado estadual Lucas Polese (PL) foi parado em uma blitz no bairro Praia do Canto, em Vitória. Era madrugada daquele sábado e Polese dirigia um carro oficial da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), quando os policiais solicitaram que o parlamentar encostasse o veículo.
Polese entregou seus documentos aos agentes de segurança. Porém, no momento em que foi pedido que ele fizesse o teste do etilômetro (mais conhecido como bafômetro), o deputado se recusou e precisou apresentar um motorista habilitado para conduzir o carro até o destino final.
Outro fato ocorrido no dia, foi que o condutor apresentado por Lucas Polese, Carlos Filipe da Silva Lyrio, não é um servidor da Assembleia. Tudo isso motivou membros da Organização Não-Governamental Transparência Capixaba e da Juventude Socialista Brasileira (JSB), ligada ao partido PSB, a protocolarem representações no Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e na Assembleia Legislativa, com pedido para que Polese seja investigado por possível desvio de uso de bem público.
Embora o caso tenha ocorrido há um mês, os pedidos sequer foram encaminhados para a Corregedoria-Geral da Casa de Leis do Estado.
Por nota, a Transparência Capixaba disse que vê uma letargia nos encaminhamentos e burocracia, pois as representações passam por muitas análises e despachos.
“Nossa representação foi protocolada dia 12 de maio de 2023. Mas paciência é virtude dos que têm sede de justiça”, ressaltou a nota.
Já a JSB informou, também por nota, que a tem acompanhado diariamente todo o trâmite do processo. Disse também que a Direção Executiva vai deliberar, em breve, sobre quais medidas serão adotadas, caso o processo continue parado.
“É simbólico que o caso tenha ocorrido em pleno Maio Amarelo, em que o Brasil inteiro se mobilizou em campanha pela segurança no trânsito, e que não tenha havido sequer uma única discussão pública sobre o caso em nossa Assembleia. Silêncio absoluto, respostas protocolares, formalidades em demasia, empecilhos burocráticos que atrasam o andamento da representação. E assim, se encerrou o mês de Maio, e mês após a proposição da Representação, a questão sequer chegou à Mesa do Corregedor-Geral da Assembleia”, declara a nota.
A JSB ainda ressaltou que “os deputados, que são eleitos com votos do povo, têm que ser os primeiros a dar o exemplo”.
“Felizmente, a Polícia Militar realizou um excelente trabalho de prevenção na blitz daquela noite. Potencialmente, a polícia evitou até mesmo um acidente, que poderia ser uma tragédia: para o deputado, para a Assembleia Legislativa e para todo o povo capixaba”, finaliza.
Em reposta, a presidência da Casa disse, por meio de nota, que o processo está tramitando, mas que as representações tanto da Transparência Capixaba quanto da JSB estavam com falta de documentos.
“Os processos retornaram e estão em fase de juntada de documentos para instrução do processo”, finaliza a nota.
Relembre o caso no link abaixo.
Deputado é multado em blitz por se recusar a fazer teste do bafômetro
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