A janela de transferência de 2023, está bem diferente do que imaginávamos. A tendência de perdemos jogadores para a Europa, ficou esvaziada, pois um outro continente, mais especificamente um outro país chamou atenção na janela de transferência deste ano.
A Arábia Saudita já havia começado o movimento de trazer grandes jogadores do futebol europeu, quando o Al Nassr anunciou a contratação de um dos maiores da história, o português, Cristiano Ronaldo, em dezembro de 2022. Ali já era um prenúncio do que estava por vir.
E então jogadores renomados, começaram a chegar. N’golo Kanté, Kalidou Koulibaly, Rubén Neves, Edouard Mendy, Roberto Firmino, todos estes vindos da poderosa e famosa Premier League, e jogadores que tinham espaço nos seus respectivos times.
Marcel Brozovic, volante da Inter de Milão, Karin Benzema atacante do Real Madrid, também optaram por jogar na Arábia Saudita. E não para por aí, Sadio Mané, Sergio Ramos Bernardo Silva, Milinkovic-Savic e Romelu Lukaku estão cotados para jogarem a Saudi Pro League.
De onde vem o dinheiro dos árabes para o futebol?
A Arábia Saudita é o único país do mundo a possuir poços gigantes e, ao lado de Irã, Iraque e Emirados Árabes Unidos, é o maior produtor petrolífero do planeta. Ou seja, o dinheiro é oriundo do petróleo, que é a principal commodity do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF).
O PIF é administrado pelo príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman, que recentemente adquiriu 80% das ações do Newcastle, time da Premier League, por uma bagatela de 300 milhões de libras.
E não para por aí, ele também comprou os quatro principais times da Arábia Saudita, o Al-Nassr, Al-Ittihad, Al-Hilal e Al-Ahli. Com isso os times começaram a receber jogadores do primeiro escalão do futebol mundial.
Mas isso tem um motivo, a Arábia Saudita quer receber a Copa do Mundo de 2030, e tendo uma maior visibilidade no seu futebol, a oportunidade de sediar o maior evento do mundo aumenta, sem falar que o dinheiro não seria um problema para eles.
A qualidade do futebol árabe vai aumentar?
Com jogadores renomados, a tendência é que o campeonato árabe tenha um crescimento técnico e tático, pois não são apenas os grandes jogadores que estão indo para lá, técnicos importantes do futebol europeu e de outras ligas também foram contratados.
O que resta é esperar o “Sauditão” começar para vermos as estrelas em ação. Meu desejo é que isto não se torne parecido com o que o futebol Chinês em 2013 com muito dinheiro, trouxe jogadores e treinadores renomados, porém 10 anos passaram e o futebol chinês nem é lembrado.
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