O Unreal Engine 5, criado pela Epic Games e lançado há cinco anos, prometendo gráficos hiper-realistas para videogames, vem enfrentando problemas significativos.
Foram relatadas quedas de FPS e problemas de desempenho, a ponto de alguns classificarem o motor como um risco para o setor, embora estúdios como a CD Projekt RED ainda o adotem para The Witcher 4. Em reação, a OnceLost Games decidiu abandonar o Unreal Engine 5 durante o desenvolvimento de The Wayward Realms, seu RPG de mundo aberto, e investir em um motor próprio, uma solução que já lhe rendeu sucesso.
O projeto, anunciado em 2024, conta com Ted Peterson e Julian LeFay, veteranos da Bethesda que integraram equipes criativas de The Elder Scrolls. Desde o anúncio recebeu poucas atualizações públicas, mas a ambição inspirada por The Elder Scrolls II: Daggerfall torna o título atraente.
Desempenho, compatibilidade e carregamento
Segundo a página do Steam, a mudança busca dar aos jogadores controle completo sobre desempenho, mecânicas e profundidade do jogo.
A adoção de um motor próprio, embora atrase a entrega, traz vantagens, como garantia de funcionamento acima de 30 FPS em notebooks antigos sem GPU dedicada e no Nintendo Switch de primeira geração, além de preservar compatibilidade completa com Linux.
Os tempos de carregamento também foram reduzidos de forma drástica: o mapa de Eyjar, quatro vezes maior que Manhattan, carrega em menos de um segundo, e o motor inteiro inicializa em apenas 300 milissegundos, o que acelera notavelmente o desenvolvimento.
Houve ainda expansão no suporte a mods: a nova tecnologia permitirá à comunidade alterar praticamente qualquer aspecto do jogo fora dos sistemas centrais, utilizando uma linguagem de script inspirada em C# em homenagem à comunidade Daggerfall Unity. Os apoiadores do Kickstarter terão acesso antecipado em junho do ano seguinte, com uma versão pública prevista para alguns meses depois.







