sábado, 05 de outubro de 2024

Casos de esporotricose em pessoas sobe no Espírito Santo

Os casos de esporotricose, uma micose transmitida por gatos que causa lesões na pele, têm crescido em vários estados do Brasil. O Espírito Santo é um deles. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 2023 já tem mais casos confirmados do que o ano inteiro de 2022. 

Segundo a Sesa, em 2022, foram realizadas 945 notificações de esporotricose em pessoas no Espírito Santo, com 503 casos confirmados. Neste ano, já foram 1.053 notificações com 578 casos confirmados.

O Estado, inclusive, está entre os dez membros da federação que, segundo o Ministério da Saúde (MS), incluíram a esporotricose humana em suas listas de notificação compulsória de doenças, ou seja, determinam a comunicação obrigatória de casos. São eles: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro e Rondônia.

O que é a doença e como tratá-la

A esporotricose é causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, encontrado no solo e em matéria orgânica em decomposição e pode afetar gatos, cachorros e humanos.

Os felinos contaminados transmitem a doença por meio de arranhões, mordidas e secreções, resultando em uma infecção subcutânea. Pessoas e cães não transmitem a infecção.

Em pessoas, os sintomas incluem nódulos avermelhados na pele, principalmente nas mãos, braços, pés, pernas e rosto. Nos gatos, os sinais se manifestam como feridas na região do rosto e das patas, podendo se espalhar para o restante do corpo.

Animais que apresentam os sintomas de esporotricose devem passar por avaliação de um veterinário – Foto: reprodução/web

Em ambos os casos, a doença tem cura. O tratamento em animais deve ser orientado por um médico-veterinário. Segundo o Ministério da Saúde, o animal melhora aos poucos depois de iniciar o remédio adequado, mas o tratamento deve seguir até pelo menos dois meses após as feridas desaparecerem e os pelos voltarem a crescer. Os animais são considerados curados após esse prazo.

De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento deve ser realizado após a avaliação clínica, com orientação e acompanhamento médico. O Sistema Único de Saúde (SUS), informa o MS, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, oferece gratuitamente o itraconazol e o complexo lipídico de anfotericina B para o tratamento da esporotricose humana.

Ainda de acordo com o ministério, animais com sinais da doença não devem ser abandonados, maltratados ou sacrificados. Eles devem ser levados para a avaliação de um médico-veterinário e início do tratamento. Toda manipulação de bichos doentes pelos seus donos e veterinários, lembra o órgão, deve ser feita com o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

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