sábado, 2 de novembro de 2024

Reflexões aos 50: compartilhando histórias e celebrando a jornada de autoconhecimento

Completar meio século de vida é um marco emblemático que desperta uma série de reflexões. Ao atingir os 50 anos, senti a necessidade de compartilhar minhas caminhadas, vivências, quedas e levantadas. É uma tentativa de deixar um pouco do peso das correntes que carregamos ao longo do tempo, dividindo experiências não só minhas, mas também ouvindo outras mulheres que estão passando ou passaram por isso.

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O ano passado, dos 49 para os 50, foi uma verdadeira gangorra de altos e baixos, de sensações, pensamentos, expectativas e frustrações. Esse período foi um verdadeiro rito de passagem, e foi nesse meio tempo que decidi começar a escrever. Nunca pensei nisso antes, confesso que foi um “modismo dos 50”, por assim dizer.

Acessibilidade é um ponto crucial. Escrever para um jornal online nunca foi meu plano inicial, mas agora vejo como isso facilita a troca de ideias com outras pessoas. A presença dos comentários possibilita um diálogo aberto e enriquecedor, onde posso ouvir e aprender com as experiências de outras mulheres.

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Essa fase da vida, repleta de mudanças hormonais e sintomas de pré-menopausa, é uma verdadeira montanha-russa. Um dia estamos de um jeito, no outro estamos de outro, e sobreviver a essas mudanças sem pirar é um desafio. A ansiedade, o estresse e a correria do dia a dia fazem parte do pacote, e entender que tudo isso é normal nos ajuda a não nos culparmos tanto.

Trocar experiências e aprender com outras mulheres é fundamental. Enxergar que o que estou passando é algo que tantas outras passaram e entender como elas lidaram com isso pode tornar o processo menos atribulado. É aquele famoso “mão no ombro”, um lembrete de que não estamos sozinhas, mesmo quando tudo parece estar de cabeça para baixo.

Espero que meus textos sejam leves e engraçados, e que mesmo abordando temas difíceis, eles façam as pessoas refletirem com bom humor. Sempre me vi como uma pessoa bem-humorada, que tenta animar os outros, e espero conseguir transmitir isso nas minhas palavras.

Quando comecei a escrever, minha ideia era falar das modificações e aprendizados que tive ao longo desses 50 anos. Refletir sobre como o tempo passou até os 30 e como as perspectivas mudam com a proximidade dos 50. Esse rito de passagem me fez parar, refletir e colocar na balança tudo o que fiz, deixei de fazer, e até arrependimentos.

Adoro pessoas e acredito que muitas mulheres estão na mesma situação de transição que eu. Deixar para trás algumas coisas e trazer outras consigo, entendendo que aos 50 anos me sinto infinitamente melhor do que aos 30. Hoje, tenho uma autoestima mais elevada, sei quem sou e o que não quero, e aprendi a não ser obrigada a nada. Essa transição me ensinou a dizer “não” e a me colocar em primeiro plano.

Vamos juntos compartilhar nossas histórias, aprender e crescer. Afinal, essa jornada de autoconhecimento e aceitação é muito mais rica quando percorremos juntas.

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Cristiane Martins
Cristiane Martins
Mulher, negra, advogada, moradora do Centro de Vitória, Assessora Especial da Secretaria Estadual das Mulhres e atual Presidente da Associação Cultura Capixa - CUCA

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