Cada vez me desperta mais reflexões sobre como o avanço da tecnologia trouxe consigo uma enxurrada de informações, dados, notícias, opiniões e diversos conteúdos que chegam até nós de maneira veloz e abundante. Diante desse cenário, surge a questão de como filtramos e processamos essa imensa quantidade de dados.
Ao transpor essa realidade para o nosso cotidiano, percebemos a dificuldade em lidar com a tarefa de processar e filtrar tudo o que nos é apresentado.
Um dos principais desafios é a competitividade pela nossa atenção, em que tudo é projetado para absorvermos simultaneamente essa infinidade de informações.
No entanto, como seres humanos, possuímos limitações, o que nos leva a estabelecer bolhas de filtro. Esse processo pode ser perigoso, pois a manipulação dos algoritmos e históricos acaba limitando nosso acesso aos conteúdos que reforçam nossas próprias crenças, impedindo-nos de enxergar outras perspectivas.
Além disso, nem todas as informações são igualmente confiáveis ou relevantes para nós, exigindo habilidades críticas para discernir o que é válido, útil e verdadeiro. Muitas vezes, caímos em conteúdos pseudoinformativos, pois sem parâmetros claros de avaliação, perdemos nosso senso de importância dos fatos ou dados, uma vez que sempre haverá mais informações disponíveis.
Nesse contexto, é importante questionar quantos casos relevantes foram rapidamente deixados de lado. Em um mundo na qual a informação na internet é usada como instrumento de controle, surge a dúvida se os conteúdos que recebemos constantemente são fruto de nossa própria busca ou se foram manipulados para que assim os compreendêssemos.
Enxergo como um grande desafio estar diante desse acesso a um oceano de informações. Por isso, acredito que nós precisamos desenvolver critérios que nos permitam aproveitar de forma consciente e proveitosa esse vasto conhecimento.
É necessário estabelecermos uma abordagem que nos capacite a navegar nesse intenso volume de dados, filtrando o que é relevante, confiável e verdadeiro, de modo a fazer uso desse valioso recurso para o nosso crescimento e aprendizado.
Bruno Caetano é estudante de jornalismo, amante de histórias em quadrinhos, curioso desde pequeno pelo desconhecido e um grande observador de histórias reais, se encontrou na rua e nela se tornou poesia.