A evolução tecnológica trouxe consigo uma variedade de funcionalidades em produtos que impulsionaram nosso desenvolvimento. No entanto, é interessante considerar que, presentemente, isso não é necessariamente uma prioridade.
Em vez disso, o estímulo ao consumo contínuo é promovido, encorajando os consumidores a substituírem produtos com maior frequência. Isso é feito de várias maneiras, como projetar componentes com vida útil limitada, dificultar ou impossibilitar reparos e atualizações, ou simplesmente lançar novos modelos com recursos adicionais para tornar os modelos anteriores menos atraentes.
A sociedade contemporânea é impulsionada por uma cultura do descartável, na qual os produtos são projetados para terem vida útil limitada e dificuldades de reparo ou atualização. Essa mentalidade de descarte tem implicações significativas não apenas no contexto tecnológico, mas também em outras áreas de nossas vidas.
A chamada modernidade líquida, caracterizada pela obsolescência programada e pela incessante busca por novidades, nos faz refletir sobre o caminho que estamos trilhando como sociedade.
Estamos realmente priorizando o desenvolvimento sustentável e a satisfação genuína das necessidades humanas, ou estamos presos em um ciclo de consumo desenfreado e insatisfação constante?
É fundamental repensar nossas relações com a tecnologia e o consumo, buscando uma abordagem mais consciente e responsável. Isso envolve questionar a real necessidade de adquirir novos produtos, valorizar a durabilidade e a possibilidade de reparo, além de promover práticas de consumo mais sustentáveis.
Somente assim poderemos superar a lógica da modernidade líquida e construir uma sociedade mais equilibrada e harmoniosa.
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Bruno Caetano é estudante de jornalismo, amante de histórias em quadrinhos, curioso desde pequeno pelo desconhecido e um grande observador de histórias reais, se encontrou na rua e nela se tornou poesia.